A febre reborn

 

Está em todas as mídias a mais nova mania, a “adoção” de um boneco, chamado bebê reborn. Sem dúvida, trata-se de um modismo que logo será substituído por outro. Não se esqueçam que alguns anos atrás tivemos a febre dos “tamagochis”, um brinquedo que tinha que ser “alimentado” de tempos em tempos.

Mas voltando ao boneco bebê, sim, é somente um boneco que, apesar de algumas pessoas lhe atribuírem um caráter de humano, nem pensar que isto seja possível. Esta modinha deve ser analisada pelos profissionais da Psicologia, afinal, quem substitui um ser humano por um boneco, certamente está demonstrando aí algum tipo de carência afetiva.

Polêmicas à parte, parece a mesma situação vivenciada pelas pessoas que “humanizam” os animais de estimação, entregando a eles e entregando-se a eles, com uma dose demasiadamente desproporcional de amor.

Esta onda de bonecos bebês está ocupando tamanho espaço midiático, inclusive agora, que chama a atenção, fazendo com que nos questionemos a respeito do que está acontecendo com a humanidade. O que esperar de uma sociedade que dá mais atenção a um boneco do que ao seu semelhante?

*José Renato Reis é servidor público e bacharel em Direito. Identificado com os segmentos artísticos, dedica-se à escrita e a apresentação do podcast Teimosia Cultural.

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