Visando o desenvolvimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a fim de promover um espaço acolhedor para as famílias atípicas, uma Organização Não Governamental (ONG) tem iniciado um projeto em Viamão. Intitulado Casa Sol, o espaço, que está em fase inicial de construção, será um centro de convivência que disponibilizará ações como oficinas, movimento com horta, brincadeiras, rede de apoio, entre outros, no bairro Águas Claras.
De acordo com a presidente da Casa Sol, Clarissa Molon Fonseca, a ideia da ONG surgiu há cerca de dois anos. Filha de uma ex-freira, a idealizadora do projeto conta que cresceu em uma família que sempre pensou no bem-estar coletivo. Ao se tornar mãe atípica, não foi diferente.
“Tenho dois filhos, Clara de 12 anos e Mateus de 9. O menino tem autismo e quando as terapias dele foram trancadas, fiz uma oração pedindo ajuda a Deus para poder ajudar meu filho. Foi então que uma amiga me apresentou uma casa de convivência em São Leopoldo. Fui conhecer o local e comecei a pensar em como poderia organizar um espaço como aquele aqui em Águas Claras para que mais pessoas pudessem ser beneficiadas”, conta.
Clarissa, que fazia parte do grupo de mães de um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da cidade, conversou com alguns responsáveis por crianças atípicas e o grupo decidiu, então, dar início ao projeto Casa Sol. Desde sua formação até o momento, a ONG já conta com 90 famílias envolvidas com a causa, na zona rural de Viamão.
“Recentemente ganhamos um terreno de um senhor aqui da região e já conseguimos fazer o cercamento para poder começar as obras no local. Um arquiteto, de forma voluntária, fez o projeto para nós e aos poucos estamos fazendo ações como bingo e pix solidário, para poder abater no valor da construção pois a obra está orçada em R$ 400 mil”, relata Clarissa.
A ideia da casa de convivência é a de promover ações que desenvolvam o cognitivo de crianças com autismo, como por exemplo: práticas de yoga, oficinas de música, arte, dança e atividades pedagógicas. Além disso, o espaço também prevê se tornar uma rede de apoio para pais e mães atípicos que, por vezes, têm dificuldades em conciliar o desenvolvimento dos filhos com o sustento da casa.
“Queremos, inicialmente, atender cerca de 60 a 80 crianças, de 2 a 12 anos, por semana, manhã e tarde, com lanche incluído e contato com a natureza. Há planos futuros de promover ações para jovens e adultos autistas também, mas no momento queremos erguer logo a casa para podermos iniciar os atendimentos, por isso toda ajuda é bem-vinda nesse momento”, afirma a idealizadora do projeto.
Interessados em contribuir com a causa podem realizar um pix, de qualquer valor, para o CNPJ 53.128.256/0001-45 e/ou ajudar com materiais de construção. Maiores informações sobre a Casa Sol através do contato (51) 9201.7988 e/ou do Instagram @casasolautismo.
Foto – Divulgação